🌙Desmame noturno: quando o Amor ensina a soltar devagarinho

Eu sabia que essa hora ia chegar.

Mas também sabia que não queria que fosse de qualquer jeito.

Desde que comecei a pensar no desmame noturno do Azahel, algo dentro de mim dizia:
“Precisa ser com amor.”
Sem trauma.
Sem pressa.
Sem deixar ferida.

Na primeira tentativa, ainda no começo do ano, tentei me organizar…
Criei uma rotina, me preparei emocionalmente, comecei firme.
Mas tive que viajar pra casa da minha sogra… e tudo desandou.

Os horários se perderam, o ambiente mudou… e o Azahel regrediu.
Voltei a amamentar à noite, mesmo cansada.
E decidi esperar mais um tempo.
Não desisti — só adiei.
Mas nunca deixei de orar.
Pedia sabedoria a Deus pra fazer isso com calma.
Sem pressa de cortar, mas com coragem pra conduzir.

E então, recomecei.
Dessa vez, diferente.
Mais confiante, mais conectada, e com mais paz no coração.
A primeira semana foi bem difícil.
Azahel acordava várias vezes durante a madrugada chorando, pedindo peito, inconsolável.
E eu ali… exausta… tentando manter a calma.
Teve um dia que perdi a paciência, e me senti mal.
Chorei. Me arrependi.

Mas no outro dia, pedi perdão a Deus e recomecei.
Porque o amor verdadeiro também falha… mas não desiste.
E toda vez que ele chorava, eu dizia com carinho:

🗣️ “A mamãe tá aqui, meu amor. Você não tá sozinho.”
🗣️ “É difícil agora, mas vai passar.”
🗣️ “O peito dormiu, mas a mamãe continua aqui com você.”
🗣️ “Eu sei que você quer, mas o peito vai voltar só de manhã, tá bom?”
🗣️ “A mamãe entende sua raiva. Pode chorar no meu colo, eu aguento.”
E ele foi entendendo…
Com o tempo, parou de pedir tantas vezes.

Começou a aceitar o mingau da madrugada como substituto.
E às vezes, só queria o meu abraço.
Só queria a minha presença firme e doce dizendo que estava tudo bem.

Desmame noturno não é só sobre tirar o peito.
É sobre ensinar o bebê que ele pode dormir sem aquele apoio.
É sobre mostrar que segurança continua existindo, mesmo sem mamar.
É sobre oferecer um novo jeito de amar — com palavras, com toque, com acolhimento.

No domingo daquela primeira semana, Azahel dormiu das 20h até as 4h.
Acordou só uma vez, tomou o mingau, e voltou a dormir até as 7h.
E assim foi por vários dias.
Só um despertar. Um aconchego. E um sono tranquilo.

Até que uma noite… o milagre aconteceu.
Ele dormiu direto.
A noite toda.
Sem chorar, sem pedir, sem precisar do peito.
Acordou às 7h, com os olhos abertos, me olhando calmo.
Pediu o peito ali mesmo na cama — e eu dei.
Porque de manhã é nosso momento.
Porque ele já tinha descansado.
E porque aquele peito ali era mais aconchego do que necessidade.

E ali, naquele instante, eu entendi:
O desmame noturno tinha dado certo.
Não porque foi fácil.
Mas porque foi cheio de presença.
Foi com amor.
Foi com fé.
Foi gentil. 🥹🫶🏻

Esse texto é pra você, mãe, que está vivendo esse processo aí do outro lado.
Pra te lembrar que não precisa ser brusco.
Não precisa ser traumático.
Você pode — sim — desmamar de forma gentil.
Com carinho, com firmeza, com paciência.
E se não der certo de primeira, tudo bem.
Recomece.

O que importa não é acertar sempre.
É estar ali.
É amar mesmo no cansaço.
É guiar mesmo quando a gente também tá aprendendo.
Porque, no fim, o desmame não é uma separação.
É só uma nova forma de se manter perto. 🥹💕

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Foi esse método que me ajudou a entender o tempo do meu filho, a acolher cada choro com amor e a guiar o sono dele com segurança.

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Você está passando pelo desmame noturno aí também?

Tem sido difícil? Tem algo que funcionou pra você?

Compartilha comigo… vou amar te ler e orar por vocês também. 💛

                                                  Rai.inspira