Diário de uma mãe com Deus

Ser mãe é uma missão que transforma a vida de um jeito que ninguém explica, mas que o coração sente a cada instante. É uma entrega tão profunda, que parece carregar um mundo inteiro nos ombros — e muitas vezes, esse peso é invisível. 🥺 Porque, enquanto o pai segue com sua rotina, suas responsabilidades e seus momentos de descanso, a mãe se torna uma espécie de porto seguro 24 horas por dia. Ela abdica dos próprios sonhos, do tempo pra si, do sono tranquilo e até do próprio corpo para cuidar daquele ser tão pequeno que depende dela para tudo. A sociedade espera que a mãe dê conta de tudo: da casa, da alimentação, da saúde, da educação, das lágrimas e das noites em claro. E não é só a rotina exaustiva, mas o julgamento constante que pesa sobre ela — como se cada esforço, cada sacrifício, precisasse ser explicado, justificado, medido. Para a mãe solo, essa carga dobra — e às vezes até triplica. Ela trabalha, paga contas, cuida da casa, cria o filho, e ainda enfrenta olhares desconfiados,...

 Eu não queria expor isso... Mas se Deus quiser usar esse pedacinho da minha história pra renovar a fé de alguma mulher que talvez hoje esteja se sentindo vazia, perdida ou destruída... que seja feita a vontade dEle. Eu sou a mãe do Azahel. Mas antes de viver esse milagre, eu precisei atravessar um vale profundo de luto, silêncio e porquês. E hoje eu quero te contar como foi perder meus três primeiros bebês. Porque essa é a minha verdade. E eu sei que existe propósito até na dor. --- A primeira perda A primeira gravidez me pegou desprevenida. A descoberta foi um susto, mas um susto bom. Comecei a fazer planos, a imaginar nomes, a calcular datas.  Tudo era novo pra mim. Fui pra primeira ultrassom cheia de expectativa, com o coração acelerado e a alma inquieta. A sala de ultrassom era fria. Me colocaram deitada, com as pernas abertas, pra fazer a transvaginal. E ali, tão exposta, ouvi do médico: "Você lembra que eu pedi pra você voltar com 15 dias? Então... não tem mais nada aqu...

Hoje, escrevo esse texto com o coração aberto.  Porque eu sei que não sou a única. E talvez você, que está lendo agora, também já passou por isso. Sempre procurei ter paciência com meu filho. Sempre busquei acolher suas emoções, mesmo quando tudo dentro de mim gritava por ajuda. Quando estamos a sós, eu tenho mais controle, mais calma, mais espaço pra aplicar tudo o que acredito. Mas quando tem gente por perto… tudo muda. As poucas vezes em que bati no meu filho não foram porque ele "merecia uma lição". Não foram porque eu estava com raiva. Foram porque eu estava sendo observada. Eu sentia que os olhos dos outros me julgavam. Sentia que, se eu não “mostrasse firmeza”, iam pensar que eu era fraca. Que eu era uma mãe permissiva. Que meu filho era "sem limites". Então, eu errava. Eu me afastava do que acredito, do que sonho, do que ensinei pra mim mesma sobre respeito e criação com amor. E no fundo, meu coração chorava por cada gesto que machucava o meu filho. Porque e...

Eu sabia que essa hora ia chegar. Mas também sabia que não queria que fosse de qualquer jeito. Desde que comecei a pensar no desmame noturno do Azahel, algo dentro de mim dizia: “Precisa ser com amor.” Sem trauma. Sem pressa. Sem deixar ferida. Na primeira tentativa, ainda no começo do ano, tentei me organizar… Criei uma rotina, me preparei emocionalmente, comecei firme. Mas tive que viajar pra casa da minha sogra… e tudo desandou. Os horários se perderam, o ambiente mudou… e o Azahel regrediu. Voltei a amamentar à noite, mesmo cansada. E decidi esperar mais um tempo. Não desisti — só adiei. Mas nunca deixei de orar. Pedia sabedoria a Deus pra fazer isso com calma. Sem pressa de cortar, mas com coragem pra conduzir. E então, recomecei. Dessa vez, diferente. Mais confiante, mais conectada, e com mais paz no coração. A primeira semana foi bem difícil. Azahel acordava várias vezes durante a madrugada chorando, pedindo peito, inconsolável. E eu ali… exausta… tentando manter a calma. Teve u...

      Já teve dia em que eu me olhei no espelho e pensei: “Não tô dando conta. Tô falhando.” E nesse exato momento, só uma coisa me segurou: a presença de Deus. Eu parei tudo, me sentei no chão mesmo, e fiz essa oração: 🙏 ORAÇÃO DA MÃE CANSADA: Senhor… Eu tô cansada. Não de ser mãe. Não de amar. Mas cansada do peso invisível que carrego todo dia… Cansada de não dormir direito, de acordar no susto, de tentar entender cada choro do meu bebê como se eu fosse adivinhar o que ele sente. Cansada de me sentir sozinha, mesmo estando cercada de amor. Tem dias que eu penso que não estou conseguindo. Que outras mães dariam conta melhor. Mas aí… o Senhor me lembra: "Foi a você que Eu entreguei o Azahel. Não por acaso. Por escolha." Senhor, me ajuda a enxergar a Tua graça nas pequenas vitórias: no sorrisinho que ele me dá quando acorda, no jeitinho que ele encosta a cabeça no meu peito quando tá com sono, no milagre de ele ter nascido antes do tempo… e mesmo assim estar aqui. Forte. ...

 No começo eu achava que rotina era coisa de mãe perfeita. Eu só queria sobreviver ao dia. Mas percebi que a bagunça de horários estava cansando tanto a mim quanto o Azahel. Foi aí que decidi criar uma rotina simples, gentil, que respeitasse o nosso ritmo. Não uma prisão — mas uma bússola. O primeiro passo foi incluir a oração nas nossas manhãs. Depois, comecei a organizar o dia com base em alguns momentos: 🕖 6h - 7h | Acorda e mama (ou toma mingau) 💭 Começar o dia com calma, abraço e acolhimento cria segurança emocional. Dica: Use frases suaves como “Mamãe tá aqui”, e aproveite esse momento coladinho para orarem juntos "obrigada papai do céu por mais um dia de vida" --- 🍞 8h | Café da manhã 💭 Alimentação leve, sem pressa, com afeto e paciência. Dica: Ofereça frutas e alimentos saudáveis, sem forçar se ele recusar algo. --- 🧸 9h - 11h | Brincadeiras e exploração 💭 Hora de se movimentar e aprender com o mundo ao redor. Dica: Brinque com ele, mesmo que só observando e com...